Sandálias de couro
Terra de barro
Pobreza de ouro
E de tudo que é caro
Laços maduros
Riqueza da alma
Em tudo que é puro
Na áspera palma
Da mão calejada
De trabalho ou de arte
Que nunca se vende
Que nunca se parte
Correntes de ferro
Correntes de ar
Correntes marítimas
A desertos formar
A vida infortuna
Em dificuldades
É rica a sandália
Que na estrada reparte
Fazendo da vida
Uma busca constante
Felicidade verdadeira
Companhia incessante