Não escrevo simplesmente para expor ideias
Nem para comtemplar ideais
Escrever se tornou um filme sem plateia
Onda minha vida muda cada vez mais
Aparecem pessoas que entram na tela
Ou que devagar nas poltronas se sentam
E elas contracenam com choros e velas
Sorrisos e acenos, mas não encenam
São de verdade. Sobra-me mudar o roteiro
Incluir papeis, mudar personagens
E enfim me jogar por inteiro
Nessa bela arte de palavras, magia e paisagens
Escrevo verdadeiramente porque gosto
Porque sinto prazer dentro disso
Escolho palavras, realmente me esforço
Mas só exponho sentimentos com isso
Alterno sim em diversos estados
Amor por inteiro, alegria total
E quando percebo tudo se transforma
Em tristeza constante, fora do normal
Entre os extremos, há o vazio
Que faz falta na própria falta
Mas agora, o que importa são os fios
Que do tecido representam a alma
Refiro-me às pequenas coisas, aos detalhes
Aos gestos de amor e carinho do cotidiano
Não aqueles que são feitos sem ingenuidade
Mas os puros, quando não tem ninguém olhando
E como prezo essas pequenas coisas
Espero do fundo dos meus sentimentos
Que essas pequenas palavras despertem o amor
E o carinho na vida de quem está lendo