Porque não veem a beleza da alma
com os olhos eu não enxergo.
Porque a ti sempre me entrego
não preciso te ter em minha palma.
Mas porque sempre o quero
é por muito sentir saudade.
Por não ver em nada maldade
é que constantemente erro.
Não ligo, pois a dor passa
assim que os olhos fecho,
seja ou não este o plano.
Sei que quando você me abraça
para trás tudo deixo,
por ti, para ti, eu te amo.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
Perdeste a hora
E agora dizes que espera na esquina
para me ver, à sua sombra, caminhar
como se servisse de consolo; menina
não caminho por aqui, não me verás.
Perdeste a hora, soube, ouvi dizer,
mas ligar? Nem penso em fazê-lo.
Perdeste, além da hora, o prazer
de me ver de ti cuidar com tanto zelo.
Não te preocupas, pois nem eu o faço.
Foi-se de vez o tempo da amargura;
passou por mim, deixou um traço.
Mas em sonho nem vejo figura
de olhos frios, teus, feio aço.
Qualquer doença o tempo traz a cura.
para me ver, à sua sombra, caminhar
como se servisse de consolo; menina
não caminho por aqui, não me verás.
Perdeste a hora, soube, ouvi dizer,
mas ligar? Nem penso em fazê-lo.
Perdeste, além da hora, o prazer
de me ver de ti cuidar com tanto zelo.
Não te preocupas, pois nem eu o faço.
Foi-se de vez o tempo da amargura;
passou por mim, deixou um traço.
Mas em sonho nem vejo figura
de olhos frios, teus, feio aço.
Qualquer doença o tempo traz a cura.
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Elevar a alma
Amarra-te à singela pureza da vida.
Em teus braços repousa a beleza da luz.
Para que sacrifício não seja uma cruz
mas sim abrir mão de si, ó minha querida.
Ao fazê-lo feliz o faz para si mesma.
Guiando por tortuosa estrada, conduz
ao entrelaçar céu e terra que reduz
nós mortais à mera cósmica poeira.
Guarda teu coração em um lugar sagrado
E a quem mereça o entregue de bom grado
Para sacramentar o inabalável amor
Um dia já sentiste, sei, algum momento
mas lado a lado vislumbre o firmamento
eleve tua alma, não sentirá dor
Em teus braços repousa a beleza da luz.
Para que sacrifício não seja uma cruz
mas sim abrir mão de si, ó minha querida.
Ao fazê-lo feliz o faz para si mesma.
Guiando por tortuosa estrada, conduz
ao entrelaçar céu e terra que reduz
nós mortais à mera cósmica poeira.
Guarda teu coração em um lugar sagrado
E a quem mereça o entregue de bom grado
Para sacramentar o inabalável amor
Um dia já sentiste, sei, algum momento
mas lado a lado vislumbre o firmamento
eleve tua alma, não sentirá dor
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Morrer de amor
Que sempre suba, o céu alcance
ó minha amada, o meu amor.
E que de longe, toda a dor
do meu peito, em ti descanse.
Que não vejam, nem relance
ó natureza, minha flor.
Que jamais saibam teu sabor
somente meu, seja e não canse
de mim. Por mim. Para mim, você
fonte de calor, do meu querer.
O chão se mexe, ao céu retorna
a beleza de se viver.
De amor posso até morrer
em teus braços, feliz agora.
ó minha amada, o meu amor.
E que de longe, toda a dor
do meu peito, em ti descanse.
Que não vejam, nem relance
ó natureza, minha flor.
Que jamais saibam teu sabor
somente meu, seja e não canse
de mim. Por mim. Para mim, você
fonte de calor, do meu querer.
O chão se mexe, ao céu retorna
a beleza de se viver.
De amor posso até morrer
em teus braços, feliz agora.
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
Pequeno abraço
Não houvera espaço para tamanho aperto
de tão pequeno, o enorme abraço
jorrando quente e líquido aço;
os constantes erros levaram ao acerto.
Como prova de que nada se prova
a qualquer pessoa, senão para si.
O que quer que tenhas tirado de ti,
jamais o tire de pessoa nova.
Pois de baixo da cama tua linda caixa
de mágoas está completa e cheia.
Apesar do tempo que há muito passou
nela: o lugar que não se encaixa
o pequeno abraço que te incendeia.
O corpo e a alma, teu ventre acalmou.
de tão pequeno, o enorme abraço
jorrando quente e líquido aço;
os constantes erros levaram ao acerto.
Como prova de que nada se prova
a qualquer pessoa, senão para si.
O que quer que tenhas tirado de ti,
jamais o tire de pessoa nova.
Pois de baixo da cama tua linda caixa
de mágoas está completa e cheia.
Apesar do tempo que há muito passou
nela: o lugar que não se encaixa
o pequeno abraço que te incendeia.
O corpo e a alma, teu ventre acalmou.
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
Dores guardadas
– O que fazes aqui neste
canto escuro?
Por que desenhas a dor por todo esse muro?
Quem tirou seu calor, seu amor mais puro
não merece seu passado, presente ou futuro...
– Por que olhas pra mim apenas de lado?
O que vês em mim, beleza ou estrago?
Não estou aqui para ser consolado,
pois não vivo de dor, pena ou maus-tratos...
– De lado te olho, pois não mais posso ver.
O que tu vês em mim é apenas você.
– Explique melhor, pois assim não entendo.
– Minhas marcas são dores que acumulei
de quem me feriu, quem eu não perdoei.
Eu sou o futuro, a si mesmo estais vendo.
Por que desenhas a dor por todo esse muro?
Quem tirou seu calor, seu amor mais puro
não merece seu passado, presente ou futuro...
– Por que olhas pra mim apenas de lado?
O que vês em mim, beleza ou estrago?
Não estou aqui para ser consolado,
pois não vivo de dor, pena ou maus-tratos...
– De lado te olho, pois não mais posso ver.
O que tu vês em mim é apenas você.
– Explique melhor, pois assim não entendo.
– Minhas marcas são dores que acumulei
de quem me feriu, quem eu não perdoei.
Eu sou o futuro, a si mesmo estais vendo.
quarta-feira, 15 de outubro de 2014
Recomeço
Quando parecia o fim da estrada
era no fundo só o começo
Quando o mar era fino e mais nada
estava inacreditavelmente espesso
Quando tudo era um conto de fada
havia uma pedra, havia um tropeço
E quando a vida se fazia calada
a morte gritava por um recomeço
Quando um dia este teto cair
Quando enfim este chão se abrir
Nossas vozes não irão se calar
Porque tudo que está por vir
Não nos ensina aonde ir
Mas temos certeza que iremos chegar
era no fundo só o começo
Quando o mar era fino e mais nada
estava inacreditavelmente espesso
Quando tudo era um conto de fada
havia uma pedra, havia um tropeço
E quando a vida se fazia calada
a morte gritava por um recomeço
Quando um dia este teto cair
Quando enfim este chão se abrir
Nossas vozes não irão se calar
Porque tudo que está por vir
Não nos ensina aonde ir
Mas temos certeza que iremos chegar
quarta-feira, 2 de julho de 2014
Para sua viagem
Há algum tempo atrás pra não dizer muito tempo
fiz um poema pra voar como o vento
como sei que em breve você fará
para um vento frio e distante, você voará...
Mas como eu fico? Como nós ficamos?
Todos que aqui ficam, nós que amamos
de formas tão diferentes e até conflitantes
rezamos pra que tudo mude e seja como antes.
Por mais contraditório que isto seja
a própria vida é assim, quem não deseja
aprender cada vez mais e, sem mudar, crescer?
Mude a aparência e até o jeito de ser
mude o vestir e até o viver
mas jamais mude a essência, é nela que amamos você.
fiz um poema pra voar como o vento
como sei que em breve você fará
para um vento frio e distante, você voará...
Mas como eu fico? Como nós ficamos?
Todos que aqui ficam, nós que amamos
de formas tão diferentes e até conflitantes
rezamos pra que tudo mude e seja como antes.
Por mais contraditório que isto seja
a própria vida é assim, quem não deseja
aprender cada vez mais e, sem mudar, crescer?
Mude a aparência e até o jeito de ser
mude o vestir e até o viver
mas jamais mude a essência, é nela que amamos você.
segunda-feira, 5 de maio de 2014
Pra que?
Pra esquecer temos memória,
para comer, só se der fome.
Matemos a sede que nos consome
a cada contada gota de história.
Pra enxergar temos a alma.
Para sorrir a cada encontro
corrido, às pressas, sem estar pronto
ou submersos num lago de calma.
Pra entender temos pergunta
para explicar o laço que junta
a realidade ao distinto querer.
Pra naufragar longe do mar
faróis apagados sob o luar.
Pra ser feliz, basta você.
para comer, só se der fome.
Matemos a sede que nos consome
a cada contada gota de história.
Pra enxergar temos a alma.
Para sorrir a cada encontro
corrido, às pressas, sem estar pronto
ou submersos num lago de calma.
Pra entender temos pergunta
para explicar o laço que junta
a realidade ao distinto querer.
Pra naufragar longe do mar
faróis apagados sob o luar.
Pra ser feliz, basta você.
terça-feira, 8 de abril de 2014
Verdade do Amor
A minha alma desagua
num poço de solidão.
Encho os meus olhos de água
ao procurar sua mão.
Meu corpo no fundo pressente
que já não quer mais lutar.
De mim estou tão ausente,
não consigo sair do lugar.
Se fosse pra ser tão perfeito
é claro que não seria amor;
ainda pensar desse jeito
é pedir pra sofrer, sentir tanta dor.
Pra sonhar não precisa dormir
foi você mesma quem me ensinou.
Quem conjuga amar no passado
de fato nunca amou.
Em paz eu sigo em frente
na certeza que vou encontrar
alguém que de fato entende
o que realmente é amar.
Não preciso de olhos azuis
nem um corpo de se invejar.
O meu troféu é a luz
de um sorriso sincero, de um doce olhar.
Somos nós quem fazemos perfeito
em cada defeito a cada luar.
Não importa o caminho estreito,
pois nele assim mesmo podemos passar.
Ainda que não seja um conto de fadas
não há nada do que reclamar.
A verdade no fim é que quando se ama
não há outra coisa a fazer além de amar.
num poço de solidão.
Encho os meus olhos de água
ao procurar sua mão.
Meu corpo no fundo pressente
que já não quer mais lutar.
De mim estou tão ausente,
não consigo sair do lugar.
Se fosse pra ser tão perfeito
é claro que não seria amor;
ainda pensar desse jeito
é pedir pra sofrer, sentir tanta dor.
Pra sonhar não precisa dormir
foi você mesma quem me ensinou.
Quem conjuga amar no passado
de fato nunca amou.
Em paz eu sigo em frente
na certeza que vou encontrar
alguém que de fato entende
o que realmente é amar.
Não preciso de olhos azuis
nem um corpo de se invejar.
O meu troféu é a luz
de um sorriso sincero, de um doce olhar.
Somos nós quem fazemos perfeito
em cada defeito a cada luar.
Não importa o caminho estreito,
pois nele assim mesmo podemos passar.
Ainda que não seja um conto de fadas
não há nada do que reclamar.
A verdade no fim é que quando se ama
não há outra coisa a fazer além de amar.
segunda-feira, 7 de abril de 2014
Distante Solidão
Lamentações de uma estrela cadente
invadem meu eterno poente
ainda que entre nuvens, presente
o meu sol beijando o mar
É, só me entende quem sente
saudade de um passado presente
não vivido, mas eternamente
na memória que não posso tocar
Distante de mim ainda persiste
essa solidão que tanto insiste
em vir sem demora me abraçar.
De quanto mais longe ela diste
o menor sinal que estou triste,
mais rápido vem comigo ficar.
invadem meu eterno poente
ainda que entre nuvens, presente
o meu sol beijando o mar
É, só me entende quem sente
saudade de um passado presente
não vivido, mas eternamente
na memória que não posso tocar
Distante de mim ainda persiste
essa solidão que tanto insiste
em vir sem demora me abraçar.
De quanto mais longe ela diste
o menor sinal que estou triste,
mais rápido vem comigo ficar.
sábado, 5 de abril de 2014
Olha (Ironia)
Olha quanta gente passando
sem ter pra onde ir
sem saber se está faltando
algum motivo pra sorrir.
Olha quanta mágoa prendida
nesses peitos quebrados
em que cada ferida
causa grandes estragos.
Olha quanta tristeza no olhar
dessa gente tão nova
que não sabe apreciar
um verso, uma prosa.
Olha quanto amor ainda falta
nesse mundo perdido
quando há tanto em cada pauta
desse caderno esquecido.
sem ter pra onde ir
sem saber se está faltando
algum motivo pra sorrir.
Olha quanta mágoa prendida
nesses peitos quebrados
em que cada ferida
causa grandes estragos.
Olha quanta tristeza no olhar
dessa gente tão nova
que não sabe apreciar
um verso, uma prosa.
Olha quanto amor ainda falta
nesse mundo perdido
quando há tanto em cada pauta
desse caderno esquecido.
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Espera
Já perdi as contas do tempo
se anos ou décadas, um milênio
ou um segundo, noção não tenho
do tempo que passou, lento.
Desde muito não adormeço,
medo de te ver em sonho
sim, tenho um medo medonho
de confrontar-te, não mereço
tal tortura, tanta, tanta dor.
Se tudo que tive foi amor
por que então dói tanto assim?
Espero passar. O que quer que eu faça?
Esperar a morte não mata.
O que mata é a espera em si.
se anos ou décadas, um milênio
ou um segundo, noção não tenho
do tempo que passou, lento.
Desde muito não adormeço,
medo de te ver em sonho
sim, tenho um medo medonho
de confrontar-te, não mereço
tal tortura, tanta, tanta dor.
Se tudo que tive foi amor
por que então dói tanto assim?
Espero passar. O que quer que eu faça?
Esperar a morte não mata.
O que mata é a espera em si.
Querido Caderno
Tantas páginas em branco
e outras tantas rasgadas,
algumas ainda marcadas
molhadas e enxutas de pranto.
A beleza da letra é fútil,
mais vale o que está escrito.
Seja coloquial ou erudito
o português me é tão útil:
traduz a angústia e verdade
vividas na pequenina cidade
de tempestades intermináveis.
É em ti meu querido caderno
onde cada momento é eterno:
paixão e amor infindáveis.
e outras tantas rasgadas,
algumas ainda marcadas
molhadas e enxutas de pranto.
A beleza da letra é fútil,
mais vale o que está escrito.
Seja coloquial ou erudito
o português me é tão útil:
traduz a angústia e verdade
vividas na pequenina cidade
de tempestades intermináveis.
É em ti meu querido caderno
onde cada momento é eterno:
paixão e amor infindáveis.
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Teia de Unhas
Meus dedos tão cansados não respondem;
correspondem à dormência de minh'alma.
Rugas fundas cavam a minha esquerda palma.
E na direita, as mágoas me consomem.
Minhas unhas crescem tortas, muito feias
e se quebram com um pequeno impacto.
Frias como o temível gelo ártico,
ao chão, me recordam grandes teias.
Teias de confusão que aprisionam
os dedos que hoje mal se mexem;
as mãos que há tanto se apaixonam
por braços que de longe não merecem
os olhos que tua imagem adicionam
ao coração que eternamente não esquece.
correspondem à dormência de minh'alma.
Rugas fundas cavam a minha esquerda palma.
E na direita, as mágoas me consomem.
Minhas unhas crescem tortas, muito feias
e se quebram com um pequeno impacto.
Frias como o temível gelo ártico,
ao chão, me recordam grandes teias.
Teias de confusão que aprisionam
os dedos que hoje mal se mexem;
as mãos que há tanto se apaixonam
por braços que de longe não merecem
os olhos que tua imagem adicionam
ao coração que eternamente não esquece.
Primeiro Encontro
Diz o manual que não devo ligar,
pois é dar muita importância.
Como se eu fosse criança...
Não, posso e devo esperar.
Mas não faz o menor sentido!
Por que adiar o inevitável?
Pode até parecer aceitável
fingir distante, mas tenho tido
muito sobre o que questionar.
Afinal, por que de fato esperar
para poder mostrar que gosto?
Sei, pode até assustar.
Mas dando certo vou amar
por muito mais tempo, eu aposto.
pois é dar muita importância.
Como se eu fosse criança...
Não, posso e devo esperar.
Mas não faz o menor sentido!
Por que adiar o inevitável?
Pode até parecer aceitável
fingir distante, mas tenho tido
muito sobre o que questionar.
Afinal, por que de fato esperar
para poder mostrar que gosto?
Sei, pode até assustar.
Mas dando certo vou amar
por muito mais tempo, eu aposto.
quarta-feira, 2 de abril de 2014
Conversa de Sonetos
Isso tudo é fome?
Ou terá outro nome?
"Vontade", quem sabe!
"Desejo" também cabe.
Mas, não me olha assim.
Tenho vergonha.
Por favor, não ponha
a tua mão em mim.
Não, não agora.
Ainda não é hora.
Não estou pronta.
Eu sei que demora.
Mas, iria lá fora
sem pagar a conta?
É bem mais que fome!
Não sei qual o nome
dessa imensa vontade.
Mas "desejo"? Sim, cabe!
Não é porque quero
que te olho assim...
Só preciso de um sim,
é só o que espero.
Então por que não agora?
Já passou até da hora
de me dares tua mão.
Pois viro um fora-da-lei!
Renuncio o cargo de rei
pra ser escravo do teu coração.
Ou terá outro nome?
"Vontade", quem sabe!
"Desejo" também cabe.
Mas, não me olha assim.
Tenho vergonha.
Por favor, não ponha
a tua mão em mim.
Não, não agora.
Ainda não é hora.
Não estou pronta.
Eu sei que demora.
Mas, iria lá fora
sem pagar a conta?
É bem mais que fome!
Não sei qual o nome
dessa imensa vontade.
Mas "desejo"? Sim, cabe!
Não é porque quero
que te olho assim...
Só preciso de um sim,
é só o que espero.
Então por que não agora?
Já passou até da hora
de me dares tua mão.
Pois viro um fora-da-lei!
Renuncio o cargo de rei
pra ser escravo do teu coração.
Brincar de ser Feliz
Vamos brincar de ser feliz?
Pelo menos uma vez mais
olha pro fundo e diz o que faz
aqui. Vai, por favor, me diz
por que depois de tantos verões
decidiu voltar tão sozinho?
Sussurrando em meu ouvido baixinho,
trazendo tantas recordações.
Não percebe que a hora passou?
Meus atalhos não são mais iguais.
Será que ainda serias capaz
de me ver do jeito que sou?
Ou só veio, como é se diz;
confundir a minha cabeça?
Pode ser até que eu mereça...
Amor, vamos brincar de ser feliz.
Pelo menos uma vez mais
olha pro fundo e diz o que faz
aqui. Vai, por favor, me diz
por que depois de tantos verões
decidiu voltar tão sozinho?
Sussurrando em meu ouvido baixinho,
trazendo tantas recordações.
Não percebe que a hora passou?
Meus atalhos não são mais iguais.
Será que ainda serias capaz
de me ver do jeito que sou?
Ou só veio, como é se diz;
confundir a minha cabeça?
Pode ser até que eu mereça...
Amor, vamos brincar de ser feliz.
terça-feira, 1 de abril de 2014
Desvio de Olhar
Não, não mente pra mim.
Não minta que eu vi.
O olhar disfarçado quando ela passou.
Não, não fala pra mim
o que eu quero ouvir.
As palavras machucam, meu amor.
Olha, olha que eu deixo.
Não falo, nem queixo.
Faça logo o que achar melhor.
Ah, tu sabes que acho
teu instinto de macho
desculpa cínica sem nenhum pudor.
Mas, nem pense que dói.
Teu olhar me destrói
apenas quando me encaras assim,
pois, mesmo tu sabes
que no fundo, é verdade,
só tens, de fato, olhos pra mim.
Não minta que eu vi.
O olhar disfarçado quando ela passou.
Não, não fala pra mim
o que eu quero ouvir.
As palavras machucam, meu amor.
Olha, olha que eu deixo.
Não falo, nem queixo.
Faça logo o que achar melhor.
Ah, tu sabes que acho
teu instinto de macho
desculpa cínica sem nenhum pudor.
Mas, nem pense que dói.
Teu olhar me destrói
apenas quando me encaras assim,
pois, mesmo tu sabes
que no fundo, é verdade,
só tens, de fato, olhos pra mim.
Cultivo da Paz
Finalmente senti falta do que nunca vi,
nunca vivi, nem ouvi ou até senti.
Que estado de paz está tão perto
mas este jamais chega em mim?
Vai ver é só delírio ou um desejo coberto.
Ah, que será preciso fazer
para ver, ouvir, sentir e viver
essa paz tão branda que tanto desejo?
Não sonho mais com a boca,
muito menos com o gosto do beijo...
Nessa hora só observo, analiso
como parece que não possuía juízo.
De fato, a perdição estava no ar.
Não existe arrependimento.
E a dor, onde será que está?
Sei lá, passou? Passará? Ou nem existiu?
Eu sei que não desisti de quem desistiu.
Mas, ei! Ela chegou e eu nem sequer notei.
Não segui a borboleta, nem cuidei do jardim.
Simplesmente chegou, a paz que tanto sonhei.
nunca vivi, nem ouvi ou até senti.
Que estado de paz está tão perto
mas este jamais chega em mim?
Vai ver é só delírio ou um desejo coberto.
Ah, que será preciso fazer
para ver, ouvir, sentir e viver
essa paz tão branda que tanto desejo?
Não sonho mais com a boca,
muito menos com o gosto do beijo...
Nessa hora só observo, analiso
como parece que não possuía juízo.
De fato, a perdição estava no ar.
Não existe arrependimento.
E a dor, onde será que está?
Sei lá, passou? Passará? Ou nem existiu?
Eu sei que não desisti de quem desistiu.
Mas, ei! Ela chegou e eu nem sequer notei.
Não segui a borboleta, nem cuidei do jardim.
Simplesmente chegou, a paz que tanto sonhei.
segunda-feira, 31 de março de 2014
Primeira Loucura
Saiu correndo, nem esperou dar a hora.
De tantos versos, quis para si uma prosa.
De tantas promessas, preferiu o agora.
Saiu caminhando, carregando uma rosa.
Foi ao encontro, mas não pensou no porvir.
De tantas perguntas, ouviu calmo e feliz.
De tantas respostas, conseguiu apenas sorrir.
Foi de encontro à prisão, ficou por um triz
de si mesmo, aquele toque não veio.
Dentro de si, saiu só, sorrateiro.
Fora de si, jamais estivera, foi o primeiro
momento de loucura, estranha, inesperada.
Sua mente frágil, suas entranhas desesperadas.
O amor chegou, não há quem impeça sua entrada.
De tantos versos, quis para si uma prosa.
De tantas promessas, preferiu o agora.
Saiu caminhando, carregando uma rosa.
Foi ao encontro, mas não pensou no porvir.
De tantas perguntas, ouviu calmo e feliz.
De tantas respostas, conseguiu apenas sorrir.
Foi de encontro à prisão, ficou por um triz
de si mesmo, aquele toque não veio.
Dentro de si, saiu só, sorrateiro.
Fora de si, jamais estivera, foi o primeiro
momento de loucura, estranha, inesperada.
Sua mente frágil, suas entranhas desesperadas.
O amor chegou, não há quem impeça sua entrada.
Jogo de Palavras
Faz de brinquedo o pensamento:
o seu tormento é o próprio medo
de muito cedo o seu lamento
sair com o vento em um segredo
já esquecido no passado
em um estado não nascido.
É mais sofrido do seu lado:
o seu amado, o seu querido
não está perto do seu ventre.
'Tivera crente do incerto
o seu esperto peito ardente.
"Pode vir, entre no deserto
estou tão certo do que sente
o seio rente, a ti, aberto"
o seu tormento é o próprio medo
de muito cedo o seu lamento
sair com o vento em um segredo
já esquecido no passado
em um estado não nascido.
É mais sofrido do seu lado:
o seu amado, o seu querido
não está perto do seu ventre.
'Tivera crente do incerto
o seu esperto peito ardente.
"Pode vir, entre no deserto
estou tão certo do que sente
o seio rente, a ti, aberto"
domingo, 30 de março de 2014
A Mulher de Janelas Quebradas (parte XIII)
Pensava em ser feliz como se fosse algo difícil.
Só o tempo a mostrou o quanto se enganava:
a felicidade é simples como um precipício
cujo fim jamais se via ou se alcançava.
As janelas quebradas não precisaram de reparo,
muito menos o seu coração despedaçado.
O que faltava na verdade era apenas um disparo;
um pulo deixando pra trás o que se foi alcançado.
E seguir caindo sem tentar voltar.
Fechar os olhos e não parar de sonhar.
Acreditar no que vê e no que virá.
Deixar o fim pra quando o mesmo chegar.
Aprender enfim a não parar de tentar, pois
talvez seja o amor o que se precisa amar.
Só o tempo a mostrou o quanto se enganava:
a felicidade é simples como um precipício
cujo fim jamais se via ou se alcançava.
As janelas quebradas não precisaram de reparo,
muito menos o seu coração despedaçado.
O que faltava na verdade era apenas um disparo;
um pulo deixando pra trás o que se foi alcançado.
E seguir caindo sem tentar voltar.
Fechar os olhos e não parar de sonhar.
Acreditar no que vê e no que virá.
Deixar o fim pra quando o mesmo chegar.
Aprender enfim a não parar de tentar, pois
talvez seja o amor o que se precisa amar.
Assinar:
Postagens (Atom)