domingo, 8 de agosto de 2010

O Sono

Mais do que respirar amor e sentir solidão
Essa sensação de estar isolado do mundo
Nada mais é do que uma inventada ilusão
Dos sonhos perdidos, azuis sempre serão
Negros jamais, até que se tornem imundos

Reclamo e aceito o que de bom grado recebo
Estudo, mas não entendo de onde vem
Esse vazio que se aproxima quando menos percebo
E minha alma chora até o fim do tempo
Que acordado fico, pra do sono não me tornar refém

E além eu vou, buscando em mim, você
Querer fazer cair o choro de lágrimas vermelhas
Roubadas do sangue que derrama-se nas veias
Do corpo que não mais meu é se não seu
O querer não se faz poder, não em mim, só em você

E encerro minha dor consumindo mesmo a mim
Que tolo sempre fui em acreditar que podia
Ajudar a quem não queria
Sumindo no vazio da cama que parece estar subindo
Creio que estou enfim, em paz ou não, dormindo

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