Não é pelo vento que sopra lá fora
Muito menos pela vida que não se demora
Todo esse medo é indiferente
Ou até, quem sabe, inexistente
Disfarçar o que não se sente de verdade
Não é mais que medo de admitir a saudade
De tudo que não foi visto ou presenciado
Seja na vida, na morte, ou no pecado
O que se tem de concreto e verdadeiro
Não pode ser visto por nenhum estrangeiro
Daqueles que moram distante da alma
E que não têm em sua existência a menor calma
Pois apreciar o que não existe
Confunde o sentido de sentir –
medo que vive e persiste
Não há saída quando não se admite o erro
Ou estás vivo por alguém, ou estás vivo por si mesmo
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