domingo, 30 de março de 2014

A Mulher de Janelas Quebradas (parte XIII)

Pensava em ser feliz como se fosse algo difícil.
Só o tempo a mostrou o quanto se enganava:
a felicidade é simples como um precipício
cujo fim jamais se via ou se alcançava.

As janelas quebradas não precisaram de reparo,
muito menos o seu coração despedaçado.
O que faltava na verdade era apenas um disparo;
um pulo deixando pra trás o que se foi alcançado.

E seguir caindo sem tentar voltar.
Fechar os olhos e não parar de sonhar.
Acreditar no que vê e no que virá.

Deixar o fim pra quando o mesmo chegar.
Aprender enfim a não parar de tentar, pois
talvez seja o amor o que se precisa amar.

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