sexta-feira, 4 de abril de 2014

Espera

Já perdi as contas do tempo
se anos ou décadas, um milênio
ou um segundo, noção não tenho
do tempo que passou, lento.

Desde muito não adormeço,
medo de te ver em sonho
sim, tenho um medo medonho
de confrontar-te, não mereço

tal tortura, tanta, tanta dor.
Se tudo que tive foi amor
por que então dói tanto assim?

Espero passar. O que quer que eu faça?
Esperar a morte não mata.
O que mata é a espera em si.

Nenhum comentário: