quinta-feira, 3 de abril de 2014

Teia de Unhas

Meus dedos tão cansados não respondem;
correspondem à dormência de minh'alma.
Rugas fundas cavam a minha esquerda palma.
E na direita, as mágoas me consomem.

Minhas unhas crescem tortas, muito feias
e se quebram com um pequeno impacto.
Frias como o temível gelo ártico,
ao chão, me recordam grandes teias.

Teias de confusão que aprisionam
os dedos que hoje mal se mexem;
as mãos que há tanto se apaixonam

por braços que de longe não merecem
os olhos que tua imagem adicionam
ao coração que eternamente não esquece.

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