Não estão feridas as mãos
mas doem como luvas afiadas.
Há vinho pelos cantos no chão
somado às mágoas salgadas
em formas de lágrimas vis
vindas do fundo do poço.
Onde estará aquela beleza?
O sorriso daquele moço
envelhecido pela desesperança,
findado pela forte agonia.
Está certamente escondido
numa esquina em que uma sinfonia
executa uma obra sublime
regida pelo melhor dos maestros.
Quem sabe se encontre novamente
o que foi bom e todo o resto.
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