domingo, 17 de novembro de 2013

O Homem de Olhos Vermelhos (parte II)

Não estão feridas as mãos
mas doem como luvas afiadas.
Há vinho pelos cantos no chão
somado às mágoas salgadas

em formas de lágrimas vis
vindas do fundo do poço.
Onde estará aquela beleza?
O sorriso daquele moço

envelhecido pela desesperança,
findado pela forte agonia.
Está certamente escondido
numa esquina em que uma sinfonia

executa uma obra sublime
regida pelo melhor dos maestros.
Quem sabe se encontre novamente
o que foi bom e todo o resto.

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