Surge uma folha na janela,
o vento carrega-a, precioso.
Os laços que rodeiam as mãos
uma vez estiveram em seu pescoço.
A grama se cobre de verde,
o líquido evapora por si só.
As chaves no trinco da porta
se mexem barulhentas espalhando pó.
Mas o medo é sempre forte atrativo,
centro de gravidade imenso.
Enrijecem-se os músculos fracos
para mais uma vez o tormento
voltar a tomar conta do ar.
Os pássaros voam ao longe
na terra distante de fora.
Olha pra lá, pergunta "pra onde?".
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