Emergem das paredes manchadas
os quadros que retratam a loucura
de um ser em constante mudança,
de uma alma que detém a própria cura.
As unhas já estão aparadas
cortado o cabelo, barba cuidada.
Sapatos engraxados com zelo
mostram a fragilidade terna e acuada
vivida em ambos os lados:
em prantos, em tela e por dentro.
As calças rasgadas muito contrastam
com a cena em tal desalento.
O olhos se abrem uma vez
na profunda luz do meio-dia.
O homem sentado no quadro
é tão real quanto sua fantasia.
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