terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A Mulher de Janelas Quebradas (Parte II)

Há bem mais de uma década não se via
olhos tão tristes, sem brilho e razão.
Na época de vários breves e fortes sabores
que não passavam de uma juvenil paixão

por tudo aquilo que a vida oferecia:
beleza barata e de fácil conquista.
Ah, não era nunca por esses rapazes
que palpitava seu coração na pista

de dança, sempre entupida de adolescentes.
Um amontoado de pessoas estranhas
com roupas sujas e frases indecentes

que por si só embrulhavam suas entranhas.
Os que a despertavam eram como os recentes
homens gentis, de incríveis façanhas.

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