segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

A Mulher de Janelas Quebradas (parte IX)

Não houve unicidade por tempo longo,
pois aquele rapaz estava em viagem.
Novos rapazes chegavam antes do sonho
e logo se iam sem ter nenhuma imagem

definida aos seus olhos verdes sonolentos
ao acordar com o grande vazio ao seu lado.
Nem ao menos se importava com os acentos
que por vezes nas peças ficavam desocupados.

Era apenas uma fase, uma possível vingança
contra tudo que a prendia com duras algemas.
Era como ter em segundos uma leve lembrança

do ser inocente crente em almas gêmeas,
mas que no fundo sabia que era de criança
esse sonho ideal que há muito a drena.

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