domingo, 22 de dezembro de 2013

A Mulher de Janelas Quebradas (parte VIII)

As poucas horas que decorreram após
o seu sono pareciam uma eternidade.
O momento em que ambos estiveram a sós
foi sorrateiro, ignorando a idade

das fronhas e lençóis velhos, desgastados.
Os lábios se tocaram e a partir de então
uma explosão de sentidos desgarrados
impregnou o seu quarto com o cheiro da paixão.

Foi tudo tão mágico e tão diferente
que nem sabia que o pensar do tempo
em que se privou de viver, indiferente

a todos que a cortejavam. No seu templo
permitiu de uma vez que se fizesse presente
o gosto pela vida e o amor de momento.

Nenhum comentário: