sábado, 21 de dezembro de 2013

A Mulher de Janelas Quebradas (parte VII)

Eis que surge bem no fundo do seu ser
uma força estranha que a toma os sentidos.
A pureza daquele rapaz fez enlouquecer
o seu ventre, mais do que pronto para senti-los:

os dedos que em sua face tocavam gentis
até à sua mão desceram velozes.
Mal sabiam que já estavam por um triz:
entre o fiel amor e os desejos atrozes.

Ao fim da madrugada os lábios tremiam
de enorme vontade de sentir um ao outro,
mas bem lá no fundo ambos sabiam

que era o primeiro encontro, quem sabe noutro.
Carícias trocaram e no que se despediam
a promessa de um novo foi a chave de ouro.

Nenhum comentário: