segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Devaneio

Escuridão
Sozinho numa noite gelada
As lembranças em minha mente
As vontades apagadas

Vazio
As batidas rígidas do coração
As lágrimas que já secaram
O frescor no rosto. A solidão

Esperança
Na família que irrita
Nos amigos que decepcionam
No amor distante
Na dor vivida
Na solidão em meio a um mar de gente
No vazio em meio a um oceano de sentimentos

O que restou foi esperar
Não preocupar com a forma
Nem com a disposição
Nem com as palavras
Nem com as pessoas
Nem com a indecência da vida
Nada

O que restou foi esperar
O amor voltar a pulsar
Como nunca antes
E libertar o que há muito estava morto
E reviver o que estava preso
Aquecer as noites frias
Trazer de volta a alegria
Aumentar a dor
Espantar o rancor
E fazer voltar 
O sorriso no rosto
Por quem para mim sorrir
E por se só sorri em si

2 comentários:

Maria Helena disse...

Meu querido, sua sensibilidade é inimaginável! Cada vez que venho aqui fico extasiada! Você é um fenômeno!
Sou sua fã!
Bjs

Sônia Cristina disse...

Essa poesia sou eu..eu sinto td isso.
marailhosa.

bj