domingo, 9 de janeiro de 2011

O Guardião das Chaves

Controla o fluxo de entrada e saída
Detêm as senhas e chaves do castelo
Aquele que guarda com tanto esmero
As paredes de pedra da minha vida

O guardião que não se permite falhar
Faz suas refeições durante vigília
Como se estivesse preso numa ilha
Desprovido de barco e sem saber nadar

Acende um lampião durante a noite gelada
E cuida de tudo até o amanhecer
Repete dia após dia sem adormecer
Enquanto sua alma inquieta canta calada

O peso de seu ofício não o deixa pressionado
E com dedicação empenha-se mais
Para enfim descobrir do que é capaz:
Abrir o portão, libertar-se, apaixonado

Um comentário:

Maria Helena disse...

Meu querido!!!
Que sentimento poderoso está sob o controle do guardião! Que responsabilidade, não é?
Feliz de quem é a pessoa que inspira sua paixão que nos encanta em tão belos versos!
Mais uma poesia marcante e bela!
Bjs