Uma voz ao longe, um sussurro, um gemido
Um grito sem som, um barulho, um ruído
Vozes ecoam de dentro do meu ouvido
Destorcem e vibram um tímpano ferido
Dizem o que fazer, o que sentir, o que falar
Fazem-me querer te ouvir e imaginar
Não me deixam dormir, fazem-me pensar
Na insanidade de um universo particular
A invenção, a construção e a restauração
De um sonho idealizado na admiração
Pro tempo que vivo é só uma encenação
Elogio à loucura, destituição da razão
E as vozes me dizem para então continuar
Não parar, não desistir, permanecer a lutar
Infelizmente, porém, o que finjo escutar
É o que na verdade eu vivo a falar
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