domingo, 9 de janeiro de 2011

Embalagem

Tempo de vento pra ventilar
A voz da vela que venta e que vai
E volta num velo que vem e que cai
Num verso de vento a versificar

E fica com força quando a voz afina
Fere com faca a fera ferida
Faz e desfaz fome e fadiga
E força com força a falta de vida

Emana com a mão o monte, a montanha
E de monte traz muita morte e matança
Desmonta o forte de muitas entranhas
A morte se finda no amor sem mudança

E acha na faixa de uma caixa fechada
Que encaixa sem marcha no brilho da mancha
E relaxa e abraça e descalça e desmancha
“Que ache o amor, presente e lembrança”

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